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Déficit no petróleo e preços das commodities contribuíram para queda na balança comercial

 

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o déficit na conta-petróleo e a queda nos preços das commodities comprometeram a balança comercial e colaboraram para o resultado negativo acumulado em 2014, que está fixado em US$ 6,1 bilhões.

Godinho afirma que o governo aguarda a recuperação, cujo déficit caiu de US$ 4,6 bilhões, no primeiro bimestre de 2013, para US$ 3,6 bilhões em igual período de 2014. “Percebe-se uma melhora na conta-petróleo, sendo puxada pelas exportações. No primeiro bimestre de 2013, eram US$ 2,6 bilhões. Em 2014, atingiram US$ 3,5 bilhões”, destacou.

O período de parada para manutenção de plataformas da Petrobras em 2013 foi determinante para o acréscimo nas importações e queda nas exportações do produto. O petróleo bruto é uma das commodities exportadas pelo Brasil, e teve recuo de 4,5% no preço, no primeiro bimestre deste ano.

“Temos hoje um cenário geral de preços de commodities em baixa. Temos que ver ao longo do ano o comportamento de cada um dos produtos. Há uma expectativa que, mesmo com essa queda de preço [das commodities], haja um aumento da quantidade [exportada] que possa compensar”, comentou o secretário.

A queda no preço das commodities era apontada como tendência desde o ano passado, por analistas. O produto que teve queda mais acentuada foi o milho, com decréscimo de 30%.

O secretário também atribuiu os efeitos deficitários ao aumento nas importações, causado pela demanda por bens de capital e intermediários, utilizados na indústria, apesar de a compra desses itens ter recuado, respectivamente, 2,7% e 0,7% no primeiro bimestre, ante o mesmo período do ano passado. Segundo Godinho, o recuo pode ter ocorrido em função de uma base de comparação alta em 2013. O secretário destacou que esse tipo de importação, que teve crescimento em janeiro, é positivo e sinaliza investimento.
Com informações da Agência Brasil

Fonte: Transporta Brasil

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