Com a divulgação nesta quarta-feira (27) do plano de retomada gradual das atividades no Estado de São Paulo, a região de Campinas (SP) foi classificada na zona laranja, a segunda fase dentre cinco previstas até a normalização de todas as atividades no estado. A medida autoriza a flexibilização com restrições a partir de 1 de junho.
A classificação das regiões do estado por cores serve para indicar aos prefeitos destas áreas quais as atividades que podem ser autorizadas. No caso da zona laranja, os prefeitos poderão liberar:
• Atividades imobiliárias
• Concessionárias
• Escritórios
• Comércio
• Shoppings
• Indústria e construção civil seguem funcionando normalmente
Na fase 2 permanecem fechados:
• Espaços públicos
• Bares, restaurantes e similares
• Salão de beleza
• Academia
• Teatro e cinema
• Eventos com aglomerações, incluindo os esportivos
• Educação: retomada de aulas presenciais não tem previsão
• Transporte: retorno da capacidade total das frotas segue sem previsão
A “retomada consciente”, denominada assim pelo governador João Doria, compreende o período até 15 de junho. Fica a cargo de cada prefeitura decidir se vai reabrir todas as atividades citadas na Fase 2, qualificada como de “controle e atenção”.
A Fase 2 é voltada aos prefeitos que já elaboraram os planos regionais de reabertura gradual, devidamente acordados com o Departamento Regional de Saúde (DRS). O órgão determina a capacidade de atendimento, transferências de pacientes e remanejamento de vagas de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva UTIs entre municípios. A DRS-7 em Campinas compreende 42 cidades.
As 5 fases do plano
A cor de cada região do mapa é determinada por uma série de critérios, como taxa de ocupação de UTIs, total de leitos a cada 100 mil habitantes, dados de mortes, casos e internações por Covid-19 para determinar a fase em que se encontra cada região.
As divisões determinam a abertura selecionada de setores, com maior ou menor restrição, dependendo da fase do plano. As restrições para cada uma delas são definidas pelo estado.
• Fase 1, vermelha: alerta máximo, funcionamento permitido somente aos serviços essenciais.
• Fase 2, laranja: controle, possibilidade de aberturas com restrições.
• Fase 3, amarela: abertura de um número maior de setores.
• Fase 4, verde: abertura de um número maior de setores em relação à fase 3.
• Fase 5, azul: “Normal controlado” – todos os setores em funcionamento, mas mantendo medidas de distanciamento e higiene.

Os municípios vão apresentar ao estado, semanalmente no Censo Covid-19, dados como evolução no número de casos e mortes, além da taxa de ocupação dos leitos, que serão avaliados para mudança de fase no plano.
“Uma região só poderá passar a uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis”, explicou o governo estadual.
Os critérios exigidos nos municípios para o enquadramento em cada fase do plano foram:
• Cidades que tiverem disponibilidade de leitos de UTI na rede pública e privada.
• Redução no número de novos casos da doença.
• Com manutenção do distanciamento social nos ambientes públicos.
• Uso obrigatório de máscaras.
Quando e como retomar atividades
A partir da autorização do estado em cada fase, caberá aos prefeitos a decisão de como farão a reabertura das atividades descritas. De acordo com o plano, a flexibilização deverá ser feita por meio de decreto municipal. E os municípios devem cumprir dois pré-requisitos do estado:
• Adesão aos protocolos de testagem, elemento crítico da estratégia estadual.
• Prefeitos deverão apresentar fundamentação científica para liberação que cite fatores locais relacionados ao município.
Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Social de SP, explicou os pontos que fizeram com que o plano pudesse ser implementado: normalização na oferta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), dobro de oferta de leitos e uso de máscaras por 87% da população do estado.
“Empoderamento não só para os prefeitos, mas para suas equipes, secretarias de Saúde, Vigilância Sanitária, que estão nas fases 2 , 3 e 4, podendo flexibilizar determinados setores anunciados, com segurança, de forma faseada, a partir de 1 de junho”, explica Marco Vinholi, secretário de desenvolvimento social.
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A capital paulista também está classificada na fase laranja, e o prefeito Bruno Covas decidiu negociar os planos e os protocolos com os setores antes de eles abrirem as portas. Essa negociação vai ocorrer a partir de 1 de junho.
Como será em Campinas
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, se manifestou logo após a coletiva do governo do estado, e afirmou que o plano é “bastante razoável” para que a cidade avance nos setores em funcionamento.
“Campinas está na cor laranja, portanto nós podemos dar um passo adiante nas atividades econômicas. Se o seu ramo não estiver contemplado agora, pelo menos você tem um horizonte futuro de quando você poderá retomar as suas atividades.”

Uso correto de máscaras.

Fonte: G1 Campinas.