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CONFIANÇA DA INDÚSTRIA REGISTRA SEGUNDA ALTA SEGUIDA EM JUNHO, APONTA FGV

Melhora da confiança em todos os segmentos da indústria sugerem que o pior momento do setor tenha passado, segundo FGV — Foto: Acervo G1
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas, divulgado nesta segunda-feira (29) aumentou 16,2 pontos em junho, alcançando 77,6 pontos. De acordo com a FGV, trata-se da maior variação positiva do indicador da série histórica.
Esta foi a segunda alta consecutiva do índice. Nos dois meses, o índice acumula alta de 19,4 pontos, o que recupera apenas metade dos 39,3 pontos perdidos entre março e abril.
De acordo com a FGV, todos os 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança em junho. Este resultado é atribuído à forte melhora da percepção dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, para os próximos três meses.
A economista do FGV-IBRE ressaltou que todos os indicadores que compõem o índice apresentaram melhora significativa, à exceção dos estoques, que se mantiveram estáveis. No entanto, ela ponderou que todos permanecem em nível muito baixo. Segundo a economista, a maior contribuição para a alta no mês veio da produção prevista, “que sinaliza forte aceleração da produção no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre”.
O Índice de Expectativas subiu 21,3 pontos, para 76,2 pontos. Já o Índice de Situação Atual cresceu 10,6 pontos, para 79,2 pontos. A diferença entre ISA e IE, que chegou a ser de 17,8 pontos em maio, agora é de apenas 3,0 pontos.
Renata avaliou que o índice de junho sugere que a indústria esteja saindo do seu pior momento diante da pandemia do coronavírus.
“De maneira geral, os resultados sugerem que o pior momento tenha passado para a indústria, apesar de estarmos longe dos níveis anteriores ao início da pandemia e de haver elevada incerteza em relação ao ambiente de negócios para os próximos seis meses, que pode comprometer a velocidade da recuperação”, enfatizou.
A maior contribuição para alta neste mês veio redução do pessimismo dos empresários sobre a produção nos próximos três meses. O indicador de produção prevista saltou de 46,9 pontos para 82,9 pontos, recuperando 48,3 pontos desde maio, ou 71% do que foi perdido entre janeiro e abril.
Houve forte queda da proporção de empresas prevendo nível de produção menor para os três meses seguintes (de 63,9% para 36,4%) e aumento do percentual de empresas esperando nível maior (de 13,5% para 30,7%). Além disso, os indicadores de emprego previsto e tendência dos negócios subiram 17,8 pontos e 9,1 pontos, para 76,5 pontos e 70,5 pontos respectivamente.
Ainda de acordo com o levantamento, o Nível de Utilização da Capacidade instalada teve acréscimo de 6,3, pontos percentuais, de 60,3% para 66,6%. Apesar da alta de 9,3 p.p. acumulada nos últimos dois meses, o NUCI ainda se encontra 13,2 p.p. abaixo da média de janeiro/2001 a março/2020 (79,8%).
Fonte:  G1 — Rio de Janeiro.

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