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Com impacto da greve de caminhoneiros, PIB do agronegócio deve encolher 1,6% neste ano

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio — ou seja, toda a renda gerada no setor — deve recuar 1,6% neste ano, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com a entidade, o setor foi impactado principalmente pela greve dos caminhoneiros, que fez preços de insumos dispararem. Para 2019, a previsão é de alta de 2%, na esteira da recuperação econômica. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira em coletiva de imprensa na sede da entidade, em Brasília.

O balanço da CNA mostra que houve uma alta de 22% nos preços das sementes. Além disso, mesmo com o subsídio ao diesel, o combustível fecha o ano 19% mais caro que no ano passado, calcula a confederação.

“O setor foi bastante prejudicado pela paralisação dos caminhoneiros, que encareceu o preço dos insumos agropecuários e afetou a comercialização da produção primária (dentro da porteira), que deve ter recuo de 4,2% por causa de problemas climáticos e da queda dos preços”, avalia o comunicado da CNA.

A entidade destaca também a desvalorização do real em relação ao dólar, que chegou a R$ 4,18 em setembro, encarecendo produtos importados. Esse efeito, no entanto, foi parcialmente compensado pelo aumento da competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, frisa o balanço.

Para 2019, a CNA espera que a economia brasileira cresça 3%, o que deve puxar a alta de 2% projetada para o agronegócio. A aposta é que a recuperação do mercado interno favoreça a demanda no mercado doméstico. Por outro lado, os preços das commodities devem continuar em baixa, por causa da maior oferta no mercado internacional.

Fonte: O Globo.
 

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