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Campinas é a 4ª do país em ligações rodoviárias, diz IBGE

 

O eixo rodoviário com 596 ligações, Campinas (SP) tem a quarta maior rede de linhas de ônibus intermunicipais do país, segundo a pesquisa inédita do IBGE “Ligações Rodoviárias e Hidroviárias 2016, divulgado neste mês.

O estudo aponta a cidade de São Paulo, líder absoluta do ranking rodoviário, conectada com 1.477 destinos, seguida de Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO), com 643 e 606 respectivamente.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revela que a vocação paulistana para se conectar com todo o país vem do fato da metrópole ser a “locomotiva” econômica do país junto com o estado, e por ser a cidade mais populosa do Brasil.

Já os casos de Campinas, Belo Horizonte e Goiânia ganham destaque na cadeia de transporte por rodovias pelas posições geograficamente centrais nos estados, tendo mais chances de conexões por coletivos rodoviários. O poder econômico destas localidades, que juntas somam 5 milhões de habitantes, também conta.

Por que Campinas?

Alguns números podem explicar a quarta posição de Campinas nas ligações intermunicipal e elencada à frente de Brasília (576), Rio de Janeiro (470), Porto Alegre (438), Salvador (436) e Curitiba (436), ou seja, quatro capitais e o DF.

O Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo tem o movimento diário de 40 mil usuários, entre passageiros e a circulação de outras pessoas. O funcionamento é 24 horas e com média de 700 embarques e 650 chegadas. Essas informações são da Socicam, empresa que administra o terminal.

“Campinas é uma cidade eixo para o transporte rodoviário. A pessoa sai de Piracicaba e passa por Campinas, e vai para o destino final”, explica o gerente do terminal, Wlademir Aparecido de Paula.

A viagem mais longa partindo da cidade é para a capital do Rio Grande do Norte, Natal. São 3.562 quilômetros, completos em 60 horas.

O destino mais curto é para a cidade vizinha de Valinhos (SP), com distância de 11 quilômetros que são percorridos em 25 minutos.

Principais destinos

Quarta maior em ligações intermunicipais, Campinas tem seis destinos principais, sendo apenas um fora do estado. Quem embarca no Ramos de Azevedo vai principalmente para São Paulo, Jundiaí, Americana, Piracicaba, Sorocaba e Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais.

Proximidade

De acordo com o levantamento do IBGE, Campinas é a terceira do país com maior índice de proximidade -mede o quanto cada ponto da rede está diretamente conectado aos demais, sendo mais facilmente acessível-. Fica atrás apenas da capital de São Paulo e do Distrito Federal.

“A pessoa para sair de determinado estado ou cidade é melhor vir para Campinas do que ir direto. O terminal de Campinas só não é internacional, mas cobre todos os estados”, exemplifica o gerente da rodoviária.

Um exemplo é Americana. A cidade tem rodoviária, mas com poucos destinos.
Outro dado sobre Campinas é que ela é a oitava do país em intermediação- índice que mostra pontos da rede que mais surgem como “meio do caminho”-.

Este tipo de passageiro usa algum tipo de transporte pessoal ou pago para chegar ao município, como carro particular, van ou ônibus metropolitano.

Depois, segue para um destino, mas sem fazer isso corriqueiramente.

“Um exemplo claro é o Rodeio de Barretos. A pessoa desemboca aqui, e depois vai para o Rodeio de Barretos”, aponta o gerente da rodoviária.

Crescimento de 2% em 2017

Após a queda de 11% nos embarques e desembarques entre 2015 e 2016, o Terminal Ramos de Azevedo espera alcançar ao final do ano um crescimento de 2%, segundo a Socicam.

No que ser refere aos embarques, foram 3,6 milhões em 2015, contra 3,2 milhões no ano passado. A previsão para 2017 é de 3,3 milhões de passageiros viajando pelo terminal.

No desembarque, a queda foi de 3,6 milhões de passageiros para 3,2 milhões, sendo que ao final deste ano devem ser 3,3 milhões chegando à cidade.

De acordo com o terminal, a queda no número de usuários está atrelada à crise financeira nacional, a concorrência de transporte por meio de aplicativos como o Uber e vans clandestinas.

Fonte: G1.

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