A época de colheita deveria ser de muito movimento para quem transporta grãos. Mas em Mato Grosso, muitos motoristas estão de braços cruzados e os caminhões parados. Cena incomum em época de colheita do milho. Em um único ponto de frete, em Sinop, há dezenas deles. O principal motivo é a quebra de safra no estado.
“Em função do volume de produto que existe, acaba tendo menos produto neste período momento para transportar”, lamenta Vanderlei Angonese, dono de transportadora. E o resultado disso é o frete mais barato, num período em que, normalmente, acontece o contrário. Em algumas rotas, a redução passa de 10%.
O transporte de 1 tonelada de milho de Sinop até Santarém (PA), por exemplo, custa R$ 245, hoje. Em maio, no início da colheita, custava R$ 280. O frete para Santos (SP), também caiu: de R$ 360 para R$ 330 por tonelada.
O motorista Sidney Varlos Giberdone diz que preço não compensa. “Nós não estamos com condição de trabalhar. Estamos parados aqui desde quinta-feira já e sem condições de carregar. Porque, se carregar, não sobra nem para o patrão, nem para nós”, diz.
A produção do milho safrinha deve chegar a 43 milhões de toneladas no país, 11,5 milhões a menos do que na safra passada, de acordo com a Conab.
Fonte: Globo Rural.