O número de cidades em estado de atenção na região de Campinas (SP) caiu para nove, segundo um balanço divulgado pela Defesa Civil nesta tarde de domingo (22). Capivari, Espírito Santo do Pinhal, Indaiatuba, Limeira, Monte Mor, Pinhalzinho, Santa Bárbara d’Oeste, Socorro e Sumaré registraram volume de água acumulado superior a 80 milímetros nas últimas 72 horas. Ao longo da semana, o índice chegou a 19 municípios.
A maior quantidade, de 101,8 mm, foi registrada em Santa Bárbara d’Oeste (SP). Em seguida, aparecem as cidades de Indaiatuba (SP), que teve 100,8 mm de chuva e Monte Mor (SP) com 95 mm nas últimas 72 horas.
Além disso, segundo a Defesa Civil, 22 municípios estão em observação e também são monitorados.
Precaução em Mogi Guaçu
A Defesa Civil de Mogi Guaçu informou que uma das comportas de uma central hidrelétrica na cidade precisou ser aberta neste domingo (22) por conta do aumento na vazão do rio que corta a cidade.
Segundo a Defesa Civil, a medida garante uma maior folga ao rio, que deve receber um volume de água maior nas próximas horas devido as chuvas que ocorrem no sul de Minas Gerais. A medida de abrir as comportas provocou um princípio de alagamento no bairro da Roseira. De acordo com o órgão, não foram registrados prejuízos aos moradores e a situação está controlada.
Desabamento
Apesar de Hortolândia (SP) estar em estado de observação, a forte chuva que atingiu o município na madrugada de sábado (21) provocou um deslizamento de terra em um condomínio do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Um salão de festas teve que ser interditado pela Defesa Civil.
Por volta das 2h, os moradores disseram que ouviram quatro barulhos e em seguida, houve um desmoronamento de terra, que destruiu parte de um alambrado, um poste de iluminação, tubulação e também a vegetação que havia no local.
Uma fenda ficou aberta no local e a preocupação da Defesa Civil é que o restante da terra possa ceder, já que ela fica ao lado de uma área de apartamentos onde moram 20 famílias, por isso a área está sendo monitorada.
Em Amparo (SP), Pedreira (SP) e Valinhos (SP) equipes também monitoram as áreas mais críticas para evitar deslizamentos. Segundo a Defesa Civil, quando a terra fica seca por muito tempo, no terreno surgem fendas e fissuras e no período de chuva mais intensa, a água é absorvida com mais facilidade.
Com o solo encharcado, a chance de deslizamentos é grande. E quando isso acontece, a massa de água e lama leva tudo que tem pela frente.
Transbordamento
Durante a madrugada de terça-feira, em Campinas, o Rio Atibaia transbordou no distrito de Sousas. Em pouco tempo de chuva, a cheia alagou a região da Rua Maneco Rosa, perto da subprefeitura.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) interditou a rua durante a madrugada, e o acesso ao local foi desviado. De acordo com o subprefeito do distrito, Mauro Calvo, o nível do rio foi monitorado durante toda a terça-feira (17).
De acordo com a subprefeitura, 42 famílias vivem na área, que foi um dos locais mais afetados pela cheia do Rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de água de 95% da cidade. Os agentes da Defesa Civil passaram a noite na região para o caso de emergências.
No Jardim Piracambaia, casas e estradas também ficaram debaixo d’água. No entanto, segundo a Defesa Civil, na tarde de terça o nível do rio tinha baixado e não havia mais pontos de alagamento.
Fonte: G1.