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Bovespa fecha em alta após acumular avanço de quase 7% em janeiro

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta terça-feira (1), com a influência das ações de Vale e de Petrobras.

O mercado espera a decisão de política monetária do Banco Central na quarta-feira e o começo da temporada de balanços, destaca a agência Reuters.

O Ibovespa subiu 0,97%, aos 113.228 pontos. Veja mais cotações. Trata-se do maior patamar de fechamento desde 18 de outubro do ano passado (114.428 pontos)

Na segunda-feira, a Bolsa fechou em alta de 0,21%, aos 112.144 pontos, acumulando avanço de 6,98% no mês de janeiro, o maior para um mês desde dezembro de 2020, quando marcou ganhos de 9,3%.

No ano, o Ibovespa tem alta de 8,02%.

Destaques

A ação da Vale subiu 5,5%, maior alta desde 7 de janeiro, enquanto o papel preferencial da Petrobras avançou 2%. Os preços do petróleo fecharam próximo da estabilidade, com as tensões geopolíticas e a oferta global apertada apoiando o mercado, mesmo com algumas especulações de que a Opep+ poderia aumentar a oferta mais do que o esperado.

Cenário

O Ibovespa manteve a toada positiva no primeiro pregão de fevereiro. Os principais índices de ações nos EUA também fecharam em alta, em meio a resultados de empresas e dados macroeconômicos.

“A dinâmica (no Ibovespa) seguiu a mesma, mas com relativa acomodação” depois da alta em janeiro, diz o coordenador do departamento econômico do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier, que destacou a expectativa do mercado pela decisão do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).

Na agenda de indicadores do dia, a FGV mostrou que confiança empresarial caiu em janeiro para o menor nível desde abril de 2021.

No radar da semana está a volta dos trabalhos no Congresso Nacional, o início da temporada de divulgação de balanços do quarto trimestre e, principalmente, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros. A expectativa do mercado financeiro, é de que a Selic avance dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano, voltando a superar os dois dígitos após 4 anos e meio.

Segundo o último boletim Focus do BC, a expectativa do mercado é de que a taxa básica de juros da economia encerrará 2022 em 11,75% ao ano, o que pressupõe novas elevações.

Juros mais altos no Brasil são amplamente vistos como positivos para o real, uma vez que elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico e tendem a ser um ponto a favor do fluxo de capital estrangeiro ao país.

Analistas também têm atribuído o maior apetite do investidor estrangeiro por ativos de países emergentes ao movimento movimento de saída de recursos dos Estados Unidos, motivada pela postura mais dura do Federal Reserve (Fed) no combate à inflação.

“Enquanto os temores de elevação de juros agitam os EUA, em especial após o sinal considerado mais duro pelo Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) em sua última reunião, a expectativa era de que mercados como o brasileiro sofressem por conta da menor preferência do investidor global… Porém, o que se vê neste momento é um movimento mais próximo da busca do Brasil como uma opção barata e de bom rendimento”, escreveu Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Fonte: G1

Imagem: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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