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BNDES prevê desembolsos de R$ 190 bilhões em 2013.

O forte aumento de 35% nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de janeiro a outubro deste ano frente ao mesmo período de 2012, para R$ 146,8 bilhões, leva o banco de fomento a acreditar que irá superar tranquilamente a meta fixada para este ano. “A meta de R$ 190 bilhões deve ser atingida com tranquilidade”, afirmou o superintendente da Área de Planejamento do BNDES, Cláudio Leal, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
De acordo com o banco, todos os setores registram desempenho positivo nesses 10 primeiros meses do ano. Os desembolsos para infraestrutura cresceram 31%, para R$ 47,3 bilhões. Para indústria, o aumento foi de 19%, para R$ 44,7 bilhões. Para comércio e serviços, a alta foi de 52%, para R$ 40 bilhões. Os desembolsos para agropecuária tiveram incremento de 73%, para R$ 14,8 bilhões. “Isso revela uma carteira e uma disposição ao investimento que é bastante expressiva”, afirmou o executivo.
Segundo Leal, os dados apurados pelo banco sinalizam que o setor de infraestrutura está dando sinais de que vai começar a viver um ciclo relevante de investimentos, marcado por uma base diversificada de projetos, sobretudo a expansão dos setores ligados à infraestrutura logística. “Quando abrimos os dados sobre o setor de energia elétrica, víamos em alguns momentos que estávamos desembolsando mais dinheiro para energia eólica do que hidrelétricas”, acrescentou.
No caso da agropecuária, o executivo disse que o aumento dos desembolsos reflete essencialmente a safra agrícola recorde deste ano, o que impulsionou a demanda por equipamentos agrícolas e por caminhões. Os desembolsos para a compra de tratores, colheitadeiras, implementos agrícolas, entre outros, cresceram 96,5% entre janeiro e outubro de 2013 e igual período do ano passado, para R$ 11,5 bilhões.
Prioridades
Leal informou ainda que o BNDES irá rever as suas políticas de crédito para todos os setores para adequar a sua capacidade de financiar a economia brasileira à crescente demanda dos investidores. “Está claro a essa altura que, para dar conta desse volume de investimentos à frente, sobretudo em logística e infraestrutura, vamos ter que calibrar os nossos porcentuais de apoio, de formar a deixar muito claro quais são as prioridades”, disse.
Os níveis crescentes de financiamento tem feito com que o Tesouro Nacional injete cada vez mais recursos no banco de fomento, o que tem um efeito colateral ao aumentar o custo fiscal dessas operações para o governo federal.
“Essa calibragem tem que ser feita com sabedoria, já que o desafio é fazer isso ao mesmo tempo em que se mantêm os investimentos”, afirmou Leal. “O que estamos fazendo é convocar o mercado financeiro, os investidores e o mercado de debêntures para participar desse esforço de financiamento do investimento de longo prazo”, acrescentou.
Fonte: Agência Estado.

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