Os transtornos causados pela obra parada do corredor metropolitano em Santa Bárbara d’Oeste (SP) levaram os moradores ao Ministério Público (MP). Trechos foram deixados com interdições, semáforos desligados, sem calçadas e entulhos jogados pelas ruas. Com abaixo-assinado, o grupo reclama também do perigo que a obra abandonada, que deveria ter sido entregue em 2014, oferece aos motoristas e pedestres.
Com 24 quilômetros de extensão, o projeto do corredor metropolitano percorre as cidades de Sumaré, Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara. A obra teve início em dezembro de 2013 com previsão inicial de entrega em dezembro de 2014. No entanto, o prazo foi adiado para 2015 e mais uma vez não foi cumprido.
O trecho final do corredor, em Santa Bárbara, é o ponto que abriga mais problemas. Em maio deste ano a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (Emtu) aplicou multas que ultrapassam R$ 1 milhão na empresa Estacon, responsável pela obra, por descumprimento dos prazos. Após a rescisão do contrato, a obra parou completamente.
Transtornos
O contramestre Claudenir da Costa e a dona de casa Marta da Silva moram em frente à um ponto da obra, na Avenida São Paulo, e convivem com os problemas há três anos. “Quando chove é barro e quando o tempo está seco tem muita poeira”, afirmou Marta.
O perigo de acidentes de trânsito e atropelamentos preocupam os moradores, que relataram já terem visto ônibus derrapando em pontos com pouco asfalto e crianças atropeladas em locais sem fiscalização. Interdições, falta de calçadas, cruzamentos sem sinalização e entulhos jogados nas ruas também são problemas apontados pela população no documento enviado ao MP.
Emtu
De acordo com a Emtu, o edital para uma nova licitação das obras está em andamento e deve ser publicado no fim deste mês. O diretor da Emtu, Joaquim Lopes, afirmou que em dezembro deste ano será iniciada a conclusão do trecho que falta. “Em dezembro de 2017 será a conclusão do trecho contratado”, disse Lopes.
Sobre os problemas causados pelas obras, o diretor afirmou que Companhia Paulista de Obras e Serviços já foi contratada para realizar a manutenção e a vigilância nos trechos.
Estacon
O diretor da Estacon, Eduardo Bitar, afirmou à EPTV que a Emtu cometeu um erro no cálculo do material para ser usado na obra e isso provocou o atraso nos trabalhos. A empresa afirmou ainda que não recebeu parte do dinheiro previsto no contrato. “A Emtu quer esconder o próprio erro”, disse Bitar.
Sobre a acusação, a Emtu alegou que o contrato foi rompido porque a construtora não cumpriu os prazos de entrega das obras nos trecos de Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara.
Fonte: G1 Piracicaba.