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Anvisa inicia força-tarefa para agilizar liberação de produtos em Viracopos

Legenda

O terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), recebeu nesta segunda-feira (15) uma força-tarefa de fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida visa compensar o déficit de funcionários que gerou atraso de até 60 dias na liberação de itens armazenados em câmaras frigoríficas, entre eles, insumos farmacêuticos.

A equipe de seis agentes atuará na cidade até que a demanda do terminal seja normalizada, informou a assessoria da agência. Eles foram remanejados de outros postos do país.

O impasse começou há pelo menos quatro meses e, desde então, a gestora do aeroporto jácobrou soluções da Anvisa em pelo menos duas oportunidades – uma, inclusive, por meio de carta. À época, a Aeroportos Brasil Viracopos mencionou no documento que depende das receitas atreladas às cargas para equilibrar as contas, que o prejuízo ligado à demora impacta na capacidade de investimentos na expansão da infraestrutura, e há impactos para os clientes.

A Anvisa explicou, em nota, que sempre deslocará servidores quando houver necessidade em postos com maiores demandas. Além disso, adiantou que tenta viabilizar um concurso público para recompor a força de trabalho – afetada, segundo a agência, por aposentadorias recentes.

As cargas avaliadas pela Anvisa representam, em média, 4% do total de importações que passam pelo terminal de Campinas.

Entre os outros itens à espera de liberação no terminal de cargas em Viracopos estão produtos perecíveis, além de substâncias químicas usadas na indústria de cosméticos.

Transporte marítimo em vantagem

Durante o último trimestre do ano passado, quando a demora nas operações chegou a 40 dias, a concessionária enviou carta à Anvisa para mostrar que o serviço oferecido no aeroporto estava menos competitivo do que o apresentado pelo Porto de Santos, litoral de São Paulo.

O documento mostra que a demora fez com que o importador fosse penalizado com tempo 113% maior em relação ao transporte marítimo para receber as cargas, enquanto que o custo do modal aéreo é 1.400% mais caro, em média. Veja, abaixo, tabela elaborada pela concessionária.

Queda pelo 2º ano

As operações no terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos diminuíram pelo segundo ano consecutivo em 2015, de acordo com estatísticas divulgadas pela concessionária gestora. Por outro lado, o terminal encerrou o ano com alta na arrecadação obtida neste setor.

A estrutura contabilizou 52,1 mil toneladas de materiais exportados durante o ano passado, queda de 15,9% no comparativo com o intervalo anterior. Além disso, neste mesmo período foram registradas 124,4 mil toneladas de importações, retração de 20,4%, informou a gestora do aeroporto em Campinas.

Já as receitas com as operações subiram 14% em 2015, e o Aeroporto Internacional de Viracopos elevou desempenho nas receitas do país. A participação nas importações foi de 7,4% para 7,9%; e o índice das exportações subiu de 1,5% para 1,7% no ano anterior, informou a concessionária sobre estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Entre os efeitos “compensatórios” nas finanças do aeroporto, explicou a concessionária, está a valorização do dólar em 48,4% diante do real – o maior avanço anual registrado em 13 anos, de acordo com levantamento da Reuters. De janeiro a dezembro o valor foi de R$ 2,68 a R$ 3,94.

Fonte: G1 Campinas.

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