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Anfavea quer adiar regras ambientais e de segurança

A indústria automobilística quer adiar por dois a três anos o início da vigência de leis que a obrigam a reduzir emissões de poluentes e a adotar equipamentos de segurança em carros, caminhões e ônibus. O tema já está sendo tratado com três ministérios – Casa Civil, Economia e Meio Ambiente.

Montadoras querem mais prazo para regra ambiental

O setor alega que a crise provocada pela pandemia esvaziou o caixa das empresas, que se viram forçadas a adiar investimentos, inclusive em novas tecnologias. Dirigentes da Anfavea, entidade que representa as montadoras, divulgaram ontem informações que serão analisadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

A agenda do Conama estabelece que a redução na emissão de gases e a implantação de equipamentos de segurança nos veículos devem entrar em vigor em 2022 para automóveis e demais veículos leves. No caso dos caminhões e ônibus, em 2023. A indústria quer adiar os dois prazos para 2025.

Além da questão financeira, os fabricantes de automóveis dizem que a paralisação de fábricas e a transferência de trabalhadores para “home office” afetaram os testes e a atividade dos engenheiros. “Não podemos desconsiderar que a pandemia afetou a produção, o trabalho nos laboratórios de testes e fez 30% a 40% da nossa receita sumir”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Henry Joseph Jr., diretor-técnico da entidade, observou que, desde 1986, quando o Conama baixou a primeira resolução sobre emissões de veículos, o nível de dióxido de carbono liberado pelos carros novos foi reduzido em 95%. “O que é de responsabilidade da indústria tem sido cumprido”, disse, acrescentando que o governo não fez sua parte, por exemplo, instituindo serviços de inspeção veicular. “Já temos produtos que atendem a um nível ambiental adequado”, defendeu Moraes.

Fonte: Valor Econômico

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