O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira que o governo está focado na descarbonização da economia e em lançar um programa para modernização do maquinário da indústria.
“O Brasil será o grande protagonista da descarbonização”, disse, ao participar de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) sobre o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) de 2024/2027.
A primeira tarefa do governo para diminuir os gases do efeito estufa é combater o desmatamento, que, segundo Alckmin, não é feito por agricultores, mas por grileiros.
Ele defendeu também a aprovação do projeto de lei do “combustível do futuro”, enviado pelo governo e que tem como relator o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). “A proposta é aumentar de 27% para 30% o etanol da gasolina”, disse. “O diesel, que eu importo, eu vou trocar por biocombustível”, afirmou.
Alckmin destacou que, apenas na Câmara, são quatro projetos para descarbonizar a economia: o combustível do futuro, hidrogênio verde, eólica offshore e mercado regulado de carbono.
Reindustrialização
Alckmin afirmou que o parque industrial brasileiro está envelhecido, com máquinas que possuem, em média 14 anos de idade.
O governo lançará um programa para modernização da indústria, chamado de “depreciação acelerada”. “No primeiro ano, eu reduzo o imposto de renda de pessoa jurídica, CSLL, e estimulo a renovação das máquinas e equipamentos. Recupero no segundo, terceiro e quarto ano”, afirmou. “O governo não está abrindo mão de impostos”, disse.
Ele disse ainda que o valor do dólar está “bom” e favorece a indústria brasileira. “R$ 5 para comprar 1 dólar é um câmbio competitivo porque ajuda a exportar e dificulta a importação”, afirmou.
Ele ainda afirmou que a reforma tributária em discussão no Congresso “não é perfeita”, mas ajudará a economia brasileira com a simplificação do pagamento de impostos.
Fonte: Valor Econômico