Notícias

Aeroporto de Brasília volta a operar com pousos simultâneos

 

Nessa segunda-feira (18), o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), voltou a operar com aterrissagens simultâneas independentes. Esse é o único terminal aéreo da América do Sul que pode realizar os procedimentos em duas pistas, o que permite aumento no fluxo de aeronaves. A capacidade de movimentos aéreos passou de 62 para 80 por hora.

O funcionamento de duas pistas, ao mesmo tempo, iniciou em novembro do ano passado. Mas, em março de 2016, foi suspenso, depois que dois aviões quase se chocaram após decolarem. Na ocasião, uma das aeronaves descumpriu a trajetória prevista e as instruções do controlador de tráfego aéreo.

Para retomar as operações simultâneas, o Cindacta I (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) estudou relatos dos voos, refez todas as análises de risco e promoveu uma reciclagem para cerca de 50 controladores. Eles passaram por treinamentos no Icea (Instituto de Controle do Espaço Aéreo), em São José dos Campos (SP). Os militares realizaram atividades em simuladores para lidar com as mais diversas situações, desde as mais simples às mais complexas.

Uma das mudanças adotadas para evitar incidentes é que, agora, cada pista do aeroporto possui uma carta de procedimento diferente da outra. A Torre de Controle do terminal se dividiu em duas equipes, como se dois aeroportos estivessem sendo controlados ao mesmo tempo. Uma equipe é responsável pela pista Norte e outra pela pista Sul.

Conforme o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), os procedimentos obedecem a normas internacionais e a estrutura do aeroporto brasiliense possui as características necessárias para realizar as operações, com distância de 1,8 quilômetro entre as duas pistas – 500 metros a mais de separação que o exigido pela Oaci (Organização Internacional da Aviação Civil).

A retomada das decolagens simultâneas independentes no aeroporto está prevista para 18 de agosto.

Natália Pianegonda

Fonte: Agência CNT de Notícias.

Compartilhe: